terça-feira, 17 de novembro de 2009

Marcas do Discipulado!!!

Durante os últimos dias do ministério terreno
de Jesus, Ele Se concentrou na preparação dos apóstolos
para a Sua partida. Enquanto viajava, Ele “não
queria que ninguém o soubesse; porque ensinava
os seus discípulos…” (Marcos 9:30b, 31). A Bíblia
Viva parafraseia dizendo: “Jesus tentava evitar toda
a propaganda, a fim gastar mais tempo com os
seus discípulos”. Um tema recorrente nesse ensino
poderia ser expresso pelas palavras: “O que significa
ser Meu discípulo”. Os apóstolos precisavam
dessas lições; e nós também.


CONFIE NO PODER DE DEUS, E NÃO EM SUA
PRÓPRIA CAPACIDADE
(MATEUS 17:14–21; MARCOS 9:14–29;
LUCAS 9:37–43)
Começamos com Jesus, Pedro, Tiago
e João descendo do “monte santo” (2 Pedro 1:18),
onde o Senhor fora transfigurado. Quando Moisés
desceu do monte após receber os dez mandamentos,
ele foi recepcionando pelo tumulto da desobediência
(Êxodo 32); quando Cristo desceu do monte
após ser transfigurado, Ele foi recepcionado pelo
caos da incredulidade.
Um homem havia levado o filho endemoninhado
para ser curado por Jesus, mas os discípulos do
Senhor não conseguiram expulsar o demônio. Os
sempre-presentes e sempre-críticos escribas e fariseus
aproveitavam-se da situação para caluniar o
ministério de Cristo . A falta de fé em todos os presentes
(os escribas, a multidão, o pai do menino e
até os discípulos de Jesus) impressionou Jesus (Ma-
teus 17:17; Marcos 9:19; Lucas 9:41). Apesar disso,
Ele Se mostrou fiel diante da infidelidade deles, e
curou o menino (Mateus 17:18; Marcos 9:25, 26; Lucas
9:41).
Mais tarde, quando o Senhor e Seus seguidores
estavam a sós, estes indagaram: “Por que motivo
não pudemos nós expulsá-lo?” (Mateus 17:19;
Marcos 9:28). E Jesus respondeu: “Por causa da pequenez
da vossa fé. Pois em verdade vos digo que,
se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará.
Nada vos será impossível” (Mateus 17:20) . Assim
como o pai na história (Marcos 9:24), os discípulos
creram (Marcos 9:24)—embora não cressem verdadeiramente
(Mateus 17:20). Assim como nós, eles
relutavam para ter fé.
Muitos escritores acreditam que os apóstolos
não conseguiram expulsar o demônio porque estavam
confiando em sua própria capacidade de exorcizar
. Paulo escreveu que “não confiemos em nós,
e sim no Deus que ressuscita os mortos” (2 Coríntios
1:9). Muito tempo atrás, Davi disse: “Oferecei
sacrifícios de justiça e confiai no Senhor” (Salmos 4:5;
grifo meu). O sábio Salomão ecoou esse sentimento:
“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te
estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios
3:5).
Um verdadeiro discípulo reconhece suas próprias
deficiências (Romanos 3:10). Ele confia que o
Senhor lhe dará forças (veja 2 Samuel 22:31; Salmos
9:10; 37:3, 5; 40:3, 4; 115:10, 11; Isaías 26:4; Filipenses
2:24).


CONFIE NA PALAVRA DO SENHOR, E NÃO
EM SUA PRÓPRIA SABEDORIA
(MATEUS 17:22, 23; MARCOS 9:30–32;
LUCAS 9:43–45)
Jesus e os doze apóstolos voltaram dos “lados de
Cesaréia de Filipe” (Mateus 16:13; veja Marcos 8:27)
para a Galiléia (Mateus 17:22; Marcos 9:30) . Diferentemente
do que aconteceu durante as viagens
anteriores, Cristo evitou multidões enquanto viajavam
por aquela província. Como já foi observado,
Jesus “não queria que ninguém o soubesse; porque
ensinava os seus discípulos…” (Marcos 9:30, 31).
Um assunto que Jesus retomava constantemente
era a Sua morte iminente: “…ensinava os seus discípulos
e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue
nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias
depois da sua morte, ressuscitará ” (Marcos 9:31;
veja Mateus 17:22, 23).
Segundo o relato de Lucas, Ele prefaciou esse
aviso dizendo: “Fixai nos vossos ouvidos as seguintes
palavras” (Lucas 9:44a). Esta é uma expressão
gráfica para: “Ouçam, ouçam de fato! Ouçam, pensem
e entendam! Ouçam e lembrem-se do que eu
digo! Ouçam e entendam!” Ouvir não é o mesmo
que escutar. Sempre que o Senhor falar, precisamos
deixar que Suas palavras penetrem em nossos ouvidos
e mentes, para que encontrem expressão em
nossas vidas!
Os discípulos ficaram “entristecidos grandemente”
(Mateus 17:23) com as palavras de Jesus;
mais uma vez “eles não compreendiam isto” (Marcos
9:32a). Eles não entendiam a afirmação acerca de
Sua morte porque a idéia do Messias morto era contrária
às suas expectativas messiânicas . Eles não
entendiam a afirmação acerca da Sua ressurreição
porque esse conceito era contrário ao que já haviam
experimentado (veja Marcos 9:10).
Embora não entendessem, “temiam interrogá-
lo” (Marcos 9:32b). Talvez temessem que suas
perguntas fossem interpretadas como incredulidade.
Talvez temessem ser repreendidos como Pedro
(Mateus 16:23). Talvez apenas hesitassem expor sua
ignorância. Tempos atrás, ouvi dizer que a única
maneira de se obter conhecimento é reconhecendo
a própria ignorância. Admitir isso é doloroso, mais
porém necessário.
O relato de Lucas sobre este incidente adiciona
um detalhe intrigante: “Eles, porém, não entendiam
isto, e foi-lhes encoberto para que o não compreendessem…”
(Lucas 9:45;). Quem ou o que encobriu o significado daquilo para os discípulos?
O Senhor pode ter encoberto o significado porque
a afirmação de Jesus teria alarmado os discípulos,
se eles a tivessem compreendido inteiramente. Satanás
pode ter encoberto o significado; afinal, ele
está sempre tentando tirar a Palavra das mentes dos
homens (Lucas 8:12). Talvez Burton Coffman estivesse
certo quando disse: “O encobrimento não foi
devido ao desígnio de Deus [eu acrescentaria “nem
do diabo”], mas devido às limitações do homem” .
É provável que o agente que encobriu o significado
tenha sido o preconceito dos apóstolos em relação
ao reino.
Independentemente de ser esse o caso, os discípulos
realmente encontraram dificuldade para aceitar
o que o Senhor tinha a dizer sobre Sua morte
aproximada, sucedida pelo sepultamento e ressurreição.
Uma qualidade essencial do discipulado é
aceitar o que o Senhor diz, mesmo que isto discorde
das idéias e do raciocínio do seguidor. Paulo enfatizou
a futilidade de confiar na sabedoria humana ao
escrever:
Certamente, a palavra da cruz é loucura
para os que se perdem, mas para nós, que somos
salvos, poder de Deus. Pois está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a
inteligência dos instruídos. Onde está o sábio?
Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século?
Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria
do mundo? Visto como, na sabedoria de
Deus, o mundo não o conheceu por sua própria
sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem
pela loucura da pregação (1 Coríntios 1:18–21).
Um verdadeiro discípulo não confia no raciocínio
humano (Provérbios 3:5), mas na revelação divina
(2 Timóteo 3:16, 17).


PREOCUPE-SE COM A CAUSA DO SENHOR, E
NÃO COM SEUS DIREITOS
(MATEUS 17:24–2710)
Enquanto Jesus e Seus discípulos viajavam pela
Galiléia, chegaram a uma cidade que servira de
quartel-general do Senhor durante Seu ministério
naquela província. “Tendo eles chegado a Cafarnaum,
dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto
das duas dracmas e perguntaram: Não paga o
vosso Mestre as duas dracmas?” (v. 24).
O texto grego contém simplesmente “as duas
dracmas”. A dracma era uma moeda grega quase
equivalente ao denário romano já mencionado nesta
série de estudos (veja Lucas 7:41; João 6:7)—a diária
de um trabalhador braçal (veja Mateus 20:2).
No texto original, a palavra “imposto” não se
encontra no versículo , mas Jesus usou o termo no
versículo . O imposto em questão era o imposto
pago ao templo14. A lei de Moisés determinava que
todo homem judeu, a partir de vinte anos, pagasse
meio siclo para a manutenção do templo e as despesas
de adoração (Êxodo 30:11–16; veja 2 Reis 12:12;
2 Crônicas 24:5–9; Neemias 10:32). O siclo era mais
ou menos equivalente a quatro denários ou quatro
dracmas, de maneira que meio siclo equivalia a dois
denários ou duas dracmas.
Os coletores de impostos, em vez de serem romanos,
eram oficiais do templo judeus. O imposto
era normalmente pago na primavera, e era começo
de outono; mas Cristo passara meses ausente de
Cafarnaum (Seu local de residência). Ouvindo que
Ele estava de volta, os coletores de impostos foram
procurá-lo. Talvez tivessem uma quota para atingir,
mas certamente estavam mais interessados em juntar
provas incriminatórias contra Ele.
Cristo, muitas vezes, hospedava-Se na casa de
Pedro enquanto ficava em Cafarnaum (veja Marcos
1:29, 30; 2:1), por isso os oficiais foram procurá-lo
ali. Encontrando Pedro fora da casa15, perguntaram:
“Não paga o vosso mestre as duas dracmas?”
(Mateus 17:24b). Sempre com a palavra na ponta da
língua, Pedro respondeu: “Sim” . Talvez ele
tenha dito “sim” porque o Senhor já havia pago o
imposto anteriormente. Talvez ele tenha dado essa
resposta porque sabia que Cristo ensinava a obediência
à Lei. Talvez, como geralmente era o caso de
Pedro, ele tenha dito apenas a primeira palavra que
lhe veio à cabeça.
Qualquer que tenha sido o motivo de Pedro, o
Senhor, ciente do que se passara, viu ali uma oportunidade
para ensinar uma lição vital. “Ao entrar
Pedro em casa”, antes que tivesse a ocasião de relatar
o ocorrido, “Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão,
que te parece? De quem cobram os reis da terra
impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?”
(v. 25b). Pedro não tinha dúvidas sobre esse
assunto. Ele respondeu: “Dos estranhos” (v. 26a). Jesus
replicou: “Logo, estão isentos os filhos” (v. 26b).
A implicação óbvia era que, sendo Jesus o Filho do
Rei (Deus), era isento do imposto sobre a casa de
Seu Pai (o templo)16. Em outras palavras, Jesus tinha
o direito de não pagar o imposto—mas Pedro
precisava aprender que um discípulo não insiste em
seus direitos se, ao fazê-lO, prejudicar a causa do
seu Senhor.
E Jesus continuou dizendo: “Mas, para que não
os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o
primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a
boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por
mim e por ti” (v. 27). Richard Rogers escreveu: “Que
paradoxo! Um Rei tão pobre que não podia pagar o
imposto do anual templo de apenas meio siclo”.
A
palavra grega traduzida por “estáter” é sater, uma
moeda grega que valia quatro dracmas—exatamente
o suficiente para pagar o imposto do templo
para dois homens.
O milagre que Cristo realizou ali foi ímpar. Foi
o único milagre que envolveu dinheiro, foi o único
que O beneficiou pessoalmente, foi o único incidente
miraculoso cujas conseqüências não foram
relatadas, e sem dúvida é o milagre mais estranho
realizado pelo Senhor. Com certeza, vemos um toque
de humor nas palavras de Jesus instruindo um
pescador—que sempre abria a boca sem pensar—a
encontrar a solução para seu problema na boca de
um peixe.
Tomemos, porém, o cuidado de não deixar que
a peculiaridade do milagre obscureça as palavras
chaves da instrução de Jesus: “Mas, para que não
os escandalizemos”. O verbo grego traduzido por
“escandalizemos” tem a raiz em comum com a palavra
“escandalizar” da língua portuguesa. Cristo
não estava preocupado em escandalizar ou ofender
a sensibilidade dos oficiais; mas sim em fazer qualquer
coisa que denegrisse o Seu ministério. Ele queria
que Pedro entendesse que fazer o que é certo tem
precedência sobre insistir nos direitos pessoais.
Esse raciocínio é “duro” (João 6:60). É natural
insistirmos em nossos direitos. Exigimos receber o
que merecemos. Levantamos oposição a todo aquele
que nos priva do que é nosso por direito. Jesus
nos chama para superarmos esse impulso natural, e
avaliarmos sempre como nossos atos poderão afetar
a Sua causa. Usando a terminologia do texto bíblico
em estudo, se o fato de insistirmos em nossos direitos
gerar “um escândalo” relacionado à causa de
Cristo, devemos abrir mão desses direitos.
Jesus não só ensinou esse tipo de abnegação,
como também viveu de acordo com ele. Vimos uma
demonstração disso no começo do Seu ministério
terreno: Ele tinha o direito de não ser batizado por
João porque Ele “era sem pecado” (Hebreus 4:15;
veja Mateus 3:14), mas abriu mão desse direito “para
cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15). Veremos outra
demonstração no fim do ministério de Cristo:
Ele tinha o direito de não morrer porque nada fizera
para merecer a morte (Lucas 23:4), mas abriu mão
do Seu direito para que nós fossemos salvos (1 Coríntios
15:3).
Um verdadeiro discípulo não se preocupa tanto
com os seus direitos quanto em ver o Senhor ser glorificado
e a Sua causa prosperar!


PROMOVA A OBRA DO SENHOR, E NÃO OS
SEUS PRÓPRIOS INTERESSES
(MATEUS 18:1–14; MARCOS 9:33–50;
LUCAS 9:46–50)

Pouco antes, Jesus havia identificado o Seu reino
messiânico com a igreja que Ele edificaria (Mateus
16:18, 19). Ele sempre tentava incutir nos Seus
seguidores, o fato de que o reino seria espiritual—
não terreno, carnal ou político. Esse reino teria como
sede os corações dos homens, e não uma localidade
no mapa. Os discípulos, porém, não compreendiam
nada disso. A falta de entendimento deles é evidente
no próximo incidente registrado.
Certo dia, enquanto viajavam, os doze começaram
a discutir sobre “qual deles seria o maior” (Lucas
9:46; veja Mateus 18:1; Marcos 9:34).
A discussão
pode ter sido causada pela promessa que Jesus fez a
Pedro (Mateus 16:19) ou pelo fato de Jesus ter levado
consigo somente Pedro, Tiago e João ao topo do
monte (Mateus 17:1). O texto não fornece detalhes,
mas não há motivos para excluir algum dos apóstolos
da discussão—nem mesmo Pedro, Tiago e João,
os quais provavelmente supunham que o Senhor
consideraria seus nomes para os cargos mais altos
do suposto reino terreno.
Assim que alcançaram seu destino, Cristo
interrogou-lhes: “De que é que discorríeis pelo
caminho?” (Marcos 9:33). Inicialmente, nada responderam
(Marcos 9:34), provavelmente porque ficaram
desconcertados. Todavia, quando tornou-se
óbvio que Jesus sabia exatamente o que estavam a
discutir (Lucas 9:47), eles perguntaram: “Quem é,
porventura, o maior no reino dos céus?”
“Se Jesus quisesse ensinar
que Pedro tem alguma primazia, não encontraria
oportunidade melhor”. Ao contrário disso,
Cristo usou a ocasião para ensinar uma lição muitíssimo
necessária: “se alguém quer ser o primeiro,
será o último e servo de todos… porque aquele que
entre vós for o menor de todos, esse é que é grande”
(Marcos 9:35; Lucas 9:48b).
Para comunicar essa mensagem, o grande Mestre
usou um recurso visual vivo: “E Jesus, chaman-

do uma criança25, colocou-a no meio deles” (Mateus
18:2). “E, tomando-a nos braços” (Marcos 9:36), disse
aos discípulos: “Em verdade vos digo que, se não
vos converterdes e não vos tornardes como crianças,
de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto,
aquele que se humilhar como esta criança, esse é
o maior no reino dos céus” (Mateus 18:3, 4).
Muitas verdades podem ser extraídas dessas
palavras de Cristo. Por exemplo, elas expõem o erro
da doutrina de total condenação hereditária: a crença
de que uma criança nasce “totalmente condenada”
por causa do pecado de Adão. Jesus disse que
precisamos nos tornar como crianças para entrar no
reino. Novamente, as palavras do Senhor mostram
a falácia do conhecido batismo infantil: uma criança
já está pronta para o reino e não é necessária nenhuma
cerimônia inventada por homens para que ela
seja preparada.
Cristo, porém, estava enfocando uma verdade
em Sua ilustração: a necessidade de termos humildade26,
uma disposição para servir no lugar de
ser servido. Naqueles dias, as crianças ficavam na
extremidade inferior da escala social. Hoje elas geralmente
são as primeiras a serem servidas, mas naqueles
dias costumavam ser as últimas. O Senhor
estava tentando fazer Seus discípulos verem que,
para ter algum valor no Seu reino, teriam de se dispor
a assumir um papel humilde27.
A humildade é ensinada em todo o Novo Testamento28.
Paulo disse: “Nada façais por partidarismo
ou vanglória, mas por humildade, considerando
cada um os outros superiores a si mesmo” (Filipenses
2:3). E Pedro reiterou:
…outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-
vos todos de humildade, porque Deus resiste
aos soberbos, contudo, aos humildes concede a
sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa
mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno,
vos exalte (1 Pedro 5:5, 6).
Para ser o primeiro, é preciso ser o último! Para
ser grande, é preciso ser o menor! Esses princípios
eram difíceis para um público do primeiro século
entender, quanto mais para aceitar. E são duplamente
difíceis hoje neste mundo orgulhoso, de auto-
exaltação e autopromoção. Se vocês forem como eu,
as palavras de Cristo despertarão em seu coração a
oração: “Deus, ajude-me a ser mais humilde. Ajude-me
a ser mais parecido com as crianças”.



Em Cristo;

Ev. Anderson Araujo;


Fonte: Bible Courses/estudos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão atinge 10 Estados Brasileiros.

Falta de energia afetou pelo menos dez estados, em quatro regiões.Governo fala em 'problemas atmosféricos' e Itaipu, em 'vendaval'.
Um blecaute atingiu na noite desta terça-feira (10), a partir das 22h13, pelo menos dez estados brasileiros, além do Paraguai. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o apagão que atingiu parte do Brasil tem relação com o "desligamento completo" da usina hidrelétrica de Itaipu. A administração da usina, por sua parte, afirmou que não houve problema de geração, mas sim em linhas de transmissão.
O blecaute atingiu em diferentes proporções ao menos dez estados. A região mais afetada foi a Sudeste. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo ficaram totalmente sem luz. Em Minas Gerais, houve blecaute total nas regiões do Triângulo Mineiro e da Zona da Mata, mas em partes de Belo Horizonte a luz não caiu durante a noite. O apagão também afetou o interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, o interior da Bahia e partes de Pernambuco. Do outro lado da fronteira, o Paraguai, que também recebe energia de Itaipu, ficou às escuras, em consequência do que a usina chamou de "efeito dominó".

Em entrevista coletiva em Brasília, o ministro Edison Lobão afirmou que "houve um desligamento completo de Itaipu". "Uma linha de transmissão caiu e determinou a queda de outras", disse ele. Lobão avaliou que não é possível afirmar, com certeza, o que causou a falha no fornecimento de energia elétrica. Entretanto, segundo ele, o problema teria sido provavelmente causado por "fatores atmosféricos", como "tempestades de grande intensidade". "Imaginamos que podemos recuperar em muito pouco tempo. Ainda nesta noite estará tudo restabelecido. Itaipu está começando a ser reenergizada. Somente amanhã (quarta-feira) vamos saber o que aconteceu", disse Lobão. O presidente de Itaipu, Jorge Miguel Samek, disse que “não houve problema de geração de energia” e sim “um problema de avaria, um raio ou tempestade, que (teriam) derrubado algumas torres de energia”. "Há 99% de chance de o apagão ter sido provocado por um vendaval “, disse.
Em Itaipu, um dos responsáveis de turno, que não quis se identificar, disse que a usina esteve pronta para fornecer energia “desde o primeiro momento”, mas que um problema externo, de transmissão, teria impedido o restabelecimento do serviço. De acordo com técnicos, usinas termelétricas, que deveriam funcionar automaticamente neste caso, não foram ativadas.
"Alguma perturbação ou acidente afetou em um ou mais pontos o sistema de transmissão, inclusive o de Furnas, responsável por levar energia de Itaipu para o Sul e Sudeste", disse a Itaipu em nota. Na mesma nota, a empresa afirma que o restabelecimento de serviço começou às 22h30 de terça (10), no Paraguai. Às 0h30 desta quarta (11), foi retomado de maneira parcial o fornecimento para a região Sudeste do Brasil.
Por volta das 2h15 desta quarta, porém, Itaipu informou que gerava apenas 1200 megawatts para o Brasil e 700 megawatts para o Paraguai. Em madrugadas normais, Itaipu gera cerca de 11 mil megawatts para o Brasil e até mil megawatts para o Paraguai.
No início da madrugada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse que ainda não havia identificado a origem do blecaute e que a maior preocupação era recompor o sistema. De acordo com a informação repassada pelo ONS ao ministro de Minas e Energia, somente com o restabelecimento total da energia será possível um diagnóstico do que aconteceu. Transtornos nos estados Deve ter havido uma sobrecarga do sistema"
Em São Paulo, a luz só começou a voltar ao redor da 0h desta quarta-feira (10) em bairros como Higienópolis e Bela Vista, e mesmo assim de maneira intermitente. A secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, afirmou que, apesar de a energia ter voltado em parte da região central de São Paulo, um problema fez com que novamente a cidade ficasse sem luz. “Deve ter havido uma sobrecarga do sistema
”.


fonte: G1 - O Globo.

Por Ev. Anderson Araújo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

É Tempo de despertar!!! Ef .5:14-16.

As palavras de Paulo podem nos dar algumas idéias
importantes com relação aos "dias maus": “Portanto,
vede prudentemente como andais, não como néscios, e
sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias
são maus” (Ef-5:15, 16).
No século XX, foram feitas mais descobertas e
ganhou-se mais conhecimento do que em todo o
restante da história do mundo. Temos mais fatos
e dados disponíveis do que somos capazes de utilizar,
mas o nosso mundo ainda carece de sabedoria.
Sabedoria significa mais do que apenas conhecer
fatos. Sabedoria implica perspectivas — com
uma abordagem da vida centralizada em Deus.
Salomão atravessou uma “crise de meia idade”.
Ele virou as costas para Deus e tentou
encontrar felicidade sem Deus. Ele teve desejos,
dinheiro, tempo, energia e oportunidades para
experimentar tudo que pudesse injetar alguma
satisfação na vida. Salomão escolheu ser insensato
em vez de sábio. Sua busca pela felicidade sem
Deus o deixou vazio, deprimido e desiludido.
Hoje, temos o livro Eclesiastes de Salomão
relatando suas tentativas fracassadas de buscar
satisfação sem Deus.
As palavras de Paulo nos fazem lembrar a
experiência de Salomão. Paulo estava dizendo:
“Não sejam néscios [tolos, insensatos]”. Se ele
estivesse aqui hoje, talvez dissesse:
Você acha que encontrará felicidade juntando
um monte de dinheiro?
Você acha que encontrará felicidade comprando
aquela casa que tanto quer? ou então
você acha que encontrará felicidade se conseguir
sair com aquela bela garota ou aquele
belo rapaz?
Não seja néscio.
Só existe uma maneira de viver, uma maneira de
aproveitar ao máximo cada oportunidade —
vivendo para Deus. O que quer que experimentemos
sem Deus não nos trará satisfação.
Esse despertamento começa com sabedoria.
USE COMPREENSÃO
Despertar também tem a ver com compreender
a importância da vontade de Deus: “Por esta
razão, não vos torneis insensatos, mas procurai
compreender qual a vontade do Senhor” (Ef-5:17).

John Stott comentou: “Nada é mais importante na
vida do que descobrir e fazer a vontade de Deus”
.
É tempo de os cristãos despertarem e reconhecerem
a importância da vontade de Deus. Temos de
reconhecer que vivemos num mundo desajustado
com a vontade de Deus. O mundo está contra
Deus. Ele se recusa a entrar em sintonia com Deus.
Diariamente, somos bombardeados por mensagens
que vão contra a vontade de Deus e elas
influenciam cristãos de todas as idades. Todos nós
sentimos a pressão de uma cultura desajustada
com Deus. Alguns de nós precisamos despertar
e pensar nas fontes de entretenimento que temos
utilizado. Precisamos despertar e pensar nos livros
que temos lido, nos lugares que temos freqüentado
e na maneira como temos passado o tempo.
Precisamos despertar para a vontade de Deus.

USE PODER
Uma terceira chave para os que estão dormindo
espiritualmente despertarem é o poder. O poder
da igreja provém de uma só fonte: o Espírito
Santo do Senhor. Efésios 5:18 diz: “E não vos
embriagueis com vinho, no qual há dissolução,
mas enchei-vos do Espírito”.
Quando uma pessoa está embriagada, dizemos
que ela está “sob influência” do álcool. Os efeitos
do álcool controlam essa pessoa. Uma pessoa
embriaga anda, fala, pensa e trata os outros de
modo diferente do que faria se estivesse sóbria.
Uma pessoa embriagada se transforma numa
pessoa diferente.
Paulo desafiou os cristãos a serem diferentes
— a ficarem sob a influência do Espírito Santo de
Deus. O Espírito busca encher as nossas vidas através
da Palavra de Deus. Todavia, nossos pecados,
nossa teimosia e nossa recusa em nos arrepender
podem nos roubar o poder do Espírito. Quando
estamos abertos para Deus e somos obedientes à
Sua Palavra, o Espírito Santo nos enche. O poder
do Espírito flui para dentro de nossas vidas.
Como, então, podemos ficar cheios do Espírito?
Em primeiro lugar, deseje ficar cheio do
Espírito. O Espírito não concederá poder às nossas
vidas se não tivermos o desejo de ter o Seu poder.
Lemos o seguinte na Bíblia:
…levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem
sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim,
como diz a Escritura, do seu interior fluirão
rios de água viva.
Isto ele disse com respeito ao
Espírito que haviam de receber os que nele
cressem (João 7:37b-39a).
Despertar para o poder do Espírito em nossas
vidas começa com ter sede do que Jesus oferece
— a oportunidade de ser como Ele. Deixar o filho
de Deus semelhante a Jesus é a especialidade do
Espírito através da Palavra de Deus, mas Ele só
faz isto se o desejarmos.
Em segundo lugar, precisamos prestar atenção
ao chamado para nos enchermos do Espírito adquirindo
conhecimento da Palavra de Deus: “Habite,
ricamente, em vós a palavra de Cristo” (Colossenses
3:16). Efésios 5:18 diz para deixarmos o
Espírito nos encher. O Espírito e a Palavra andam
juntos. Estar cheio do Espírito requer conhecer a
Palavra e ter essa Palavra habitando dentro de
nós. Ter o Espírito enchendo as nossas vidas faz
a Palavra de Deus se tornar viva dentro de nós.
O Espírito e a Palavra operam juntos.
Em terceiro lugar, para estar cheio do Espírito,
temos de fazer da entrega a Jesus um estilo de vida.
A chave para nos enchermos do Espírito encontra-
se nas palavras de uma canção que sempre
cantamos: “Tudo a Cristo a Ti entrego”. À medida
que essas palavras se tornarem o nosso objetivo
a cada minuto e hora, o Espírito encherá as
nossas vidas. Deixaremos de ser sonâmbulos espirituais.
Estaremos bem acordados, ajustados com o
Espírito e seremos fortalecidos pelo Seu poder.

CONCLUSÃO
Você é um cristão sonâmbulo espiritual? Busque mais
uma vez a sabedoria, a compreensão e o poder de
estar cheio do Espírito. É hora de usarmos a
sabedoria do alto, de entendermos a vontade de
Deus e a ela obedecermos, de buscarmos e
aceitarmos o poder decorrente de nos enchermos
do Espírito. Deus quer que a Sua igreja desperte.
Se você não é cristão, é hora de despertar
para o que Cristo fez por você. Venha até Ele,
arrependa-se da sua velha vida e seja batizado
para lavar os seus pecados. Ressuscite das águas
do batismo para fazer brilhar a luz de Cristo ao mundo.

Nele que está VIVO e REINA para sempre;
por Ev. Anderson Araújo.

Fonte: Bible Courses.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Agonia do Gólgota.

Um cirurgião experiente em sua profissão relatou as seguintes palavras:
Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso, portanto, descrever sem presunção a respeito de uma morte tão agonizante como a de JESUS...

Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico.
O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento, causado por uma profunda emoção, por um grande medo.
O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.
Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes.
Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe, o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor.
As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
Depois, o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheia de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos, e os seus ombros estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.
Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.
Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim.
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar penetração dos pregos.
Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, e com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira.
Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado.
Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência.Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, e o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera.
As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares.
Tudo aquilo é uma tortura atroz. De repente, um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico.
Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.
Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável!
Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento:
"Deus meu, Deus me, por que me desamparastes?"
Jesus grita: "Está consumado!". E em seguida, num grande brado diz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito"
. E morre em meu lugar e no seu.

Soli Déo Glória;

Ev. Anderson Araújo.